Seu
maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a
Poitiers, ali mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua preparação
doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas
sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.
A
idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi
pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e
volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia
urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito
entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.
Luís
Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando
necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto,
munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente
acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade
popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um
discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez
de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua
pregação era a devoção extremada a Maria Santíssima.
Embora
a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano,
ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus.
Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse
argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e
exortações, como o TRATADO da "VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTA
VIRGEM", e todos eles relacionados com a prática do Rosário. A CONSAGRAÇÃO TOTAL A SANTÍSSIMA VIRGEM, pelo método de São Luis Maria
Montfort, é apresentada nesse “Tratado”.
Seus textos foram publicados em 1842 e
tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de
Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários
da Companhia de Maria.
Esses
religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as
suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou
apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos
depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.
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